Indignos Sentimentos

Como seria bom que certos sentimentos que nos tomam o poder, não existissem. Poupando-nos eternidades de desassossego permitiriam, assim, que nos preocupássemos com o que é realmente genuíno e digno da nossa atenção.

Contudo, será algo que nós próprios nunca iremos permitir. Talvez pensando que nada mais nos irá querer tanto como esses sentimentos indignos nos querem. A fraqueza do ser humano sempre será o não estar preparado para a solidão, esquecendo-se que não existe melhor companhia do que a nossa própria alma. Esta é a alma que nos mantém a chama acesa até ao dia em que nosso físico não aguentar mais, e aí a chama mudar.

Ao invés de afastar os inconvenientes sentimentos, este ser tão racional, alimenta-os e faz deles uma verdadeira rotina, escondendo-se cada vez mais na sombra do impróprio.

Com tudo isto, surge uma pergunta. Mesmo com todos estes fatores condicionantes, seremos livres? Bem, penso que apenas não somos livres aos olhos dos nossos pensamentos, uma vez que é o pensamento que nos comanda em tudo. Sendo assim, nós é que fazemos parte do pensamento e, talvez, sejamos a alma deste.

A única coisa que sei no meio de toda esta confusão de identidades é que tudo isto existe por alguma razão, e essa nunca me será apresentada.