Amor Incondicional de uma Mulher
Incondicionalmente
amamos sem percebermos na condicional em que entramos. Nós, mulheres,
entregamos a alma a quem achamos que com dignidade a irá alimentar sem nunca
falhar. Falhamos ao acharmos que alguém nos irá tirar a sede que tanto temos.
Falhamos com o falhar da alma gémea que à nossa espera está. Mas preferimos
incondicionalmente falhar ao invés de nos alimentarmos como deveria de ser.
Alimentamos tudo, menos o amor que nos deveria ser alimentado.
A sede que todas
temos vai crescendo e crescendo, sem nunca parar. Sem nunca parar de amar, sem
nunca parar de suportar o peso que a dois deveria ser suportado e vamos
vivendo, loucas. Loucas, na esperança que tudo mude mas que nada se transforme
em algo indesejado. Esta é a loucura que arrepia a alma, e acalma o que amamos.
Esta é a loucura que vive mais do amor que nós, e que é mais valorizada do que
a própria mulher.
Enlouquecidas
esperamos o valor que tanto desejamos. Desejo este que nos pesa mais do que o
próprio amor que naturalmente possuímos. Maldito é este desejo maligno que mata
o amor que ama pelos dois, que mata o amor que toda a mulher suporta.
Amar é difícil,
sobretudo quando se ama mais pelos dois do que cada um por si. Amar torna-se
ódio se a sede de fome persistir dia após dia. Mas amar é assim.
Cada mulher deste
Paraíso, sempre mas sempre, irá preferir a loucura do amor ao invés da falta
dele. Loucas até ao último suspiro ficaremos apenas porque assim o preferimos,
e nada mais importará.
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