Promessas de uma Vida
Prometer as promessas
indesejadas é tão indigno como viver sem pensar. Prometer viver sem pensar é
tão difícil como prometer o indesejado. E prometer viver cada dia como se não
houvesse amanhã é algo que nenhum de nós faz, deixando que todo o exterior
prometa impedir isso. Prometer indelicadamente é falhar.
E falhar, na nossa
indelicada mente, é perder tudo como se o fim do mundo estivesse a abraçar-nos.
Queixamo-nos porque nada corre como queremos mas, no fundo, sabemos que
falhamos para aprender. Falhar permite que o nosso organismo continue a
funcionar. Falhar mostra que tudo está dentro de nós e, que mesmo assim,
culpamos o exterior.
A vida escolheu viver
em nós e, se nada é mais importante do que viver, então tudo vive em nós. O amor alimenta-se do
nosso sangue, a infelicidade suga-o e todos estes complexos sentimentos formam
o nosso ciclo de vida. Estes sentimentos que fazem parte de nós constituem-se
uns aos outros e constituem as respostas para os nossos problemas. Problemas
que apenas existem dentro de nós, problemas que achamos ser mais simples
combater exteriormente. Facilidade não é o caminho. Ser fácil não permite que
consigamos compreender o nosso íntimo, e é lá que tudo se encontra. Este tudo é
a vida bem vivida que tanto desejamos conhecer pessoalmente.
Perceber a vida é
prometer que faremos os impossíveis para percebermos o nosso íntimo.
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