Brincar Sem Alma
Amar sem alma seria o
mesmo que viver sem ela. Viver sem alma seria no mínimo estranho já que é
impossível concertarmos algo sem ferramentas. E viver sem pensar no Universo
que nos ofereceu a valiosa ferramenta é algo difícil. Brincar com a alma que
nos acolhe é completamente divertido, mas brincar sem ela não seria brincar.
Quão valiosa será
esta ferramenta a ponto de nos pormos a pensar no seu valor? Quão valiosa será
a vida desconcertada que nos assiste com esta ferramenta que escolhemos não
usar? Tenho a certeza que a tal ferramenta grita pela nossa atenção até ficar
rouca, ignorando a nossa surdez perante os factos mais naturais possíveis. E
não é só essa que grita por nós. O Universo com que contactamos também o faz,
embora de forma mais subtil. Mas tal não é razão para ser ignorado.
Na realidade, o
problema é simples. Como o nosso criador diz, devemos procurar tudo em nós e,
certamente, iremos encontrar a cura para a nossa tão grande surdez. O problema
está na cegueira que insistimos em acolher quando se trata de ouvir o nosso
coração. Mas o maior problema de todos está na constante necessidade de ver
problemas nas coisas mais entendíveis que alguma vez existirão.
Quão artísticos
seremos ao ponto de querermos brincar com a vida sem usarmos a nossa alma?
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