Sonhos Sem Receios
Acordei e dei por mim a chamar pelo ar. Não podia acreditar no susto que os sonhos me haviam pregado. Gritei com eles magoada por terem sequer pensado que seria plausível fazerem tal coisa. Chamei-os à razão e eles ouviram.
Caíram a meus pés
derramando lágrimas por terem cometido tal erro. E eu sorri. Sorri-lhes como se
não houvesse amanhã. Sorri-lhes como se fossem pequenas crianças atormentadas
por terem partido aquele ou outro brinquedo. Sorri-lhes porque estava feliz.
Estava aliviada por
tudo não ter passado de um pesadelo que se achou com o direito de penetrar os
meus sonhos. Estava feliz por não ter sido abandonada pela felicidade. Estava
receosa por meus sonhos terem pensado na possibilidade que era eu ser imune à
felicidade.
Olhei o céu e este
aconchegou-me o pensamento, retirando todo aquele que não era digno de minha
mente. Olhei a Natureza e esta disse-me que o medo não era um obstáculo. Olhei
o mar e a sua rebeldia contou-me que até os sonhos podem desabar. E, assim,
percebi que seria minha escolha sonhar novamente ou recear os sonhos por
desconhecer aquilo que eles trazem aos meus pensamentos.
Comentários
Enviar um comentário