Secretismos Poéticos
Nunca estamos verdadeiramente sozinhos. A resolução deste enigma é tão
simples como respirar. Temo-nos a nós e isso basta. Basta, se nos soubermos ter.
Honestamente, é a simplicidade da questão que torna tão árdua a resposta.
Pensamos e repensamos em tudo o que há. Tudo apenas para encontrar aquela gota de
água que nos dará a mínima esperança de poder vir a ser a solução… mas nem
assim o trabalho se mostra tão acessível.
A vida corre cada vez mais para longe como se não quisesse sequer
ter-nos no seu campo de visão. E tudo isto é, de facto, demasiado irónico. Como
é que algo que nos preenche a alma nos foge?
Este todo trata-se de pura poesia, uma poesia diferente, a que não
estamos habituados. Trata-se daquela poesia que nos escorre pelas mãos sempre
que a tentamos aprisionar com as nossas hiperbólicas prisões. Aquela que parece
tudo e ao mesmo tempo é nada. A que significa a alma que nos rói os mais profundos
anseios. Assim é. Assim é a vida, uma metáfora profundamente profunda, repleta
de poesia na sua imensidão.
Comentários
Enviar um comentário